Saturday, 12 September 2009

A huge philosophical post to say nothing at all

While we grow up and change with the time, or at least adapt to the changes, there are certain songs that are us, that appear when it makes sense for them to appear, that follow our present, our us.
And sometimes, while listening to my old playlists, I realize that I no longer am many of those tunes, although somehow I feel that I will always be them, simply because I have once felt them as mine (confusing, I know!).

Time passes... seconds flow into minutes, which transform into hours, that turn into days, days that extend to months, months followed by years. And everything fluctuates with its passing: our tastes and ambitions, our travels and adventures, our friends and our projects, the smiles and tears, the radio frequencies and the YouTube links, even the musical notes themselves and the meaning the music in our ears has to us.

However, there are certain bands and music that I think I would always be, that would stand the test whatever the routine and the past, present or future; whatever the culture and the places, the people and the stories, the fashion and the rhythms… whatever the movement of the pointer in the clock.
None of this would be more important than our natural preferences: sounds that deeply touch us, our physiological musical taste, established a priori, something that was born with us and stayed there, constantly attached to our mutant being…

Oasis are one such example... they were, are and will always be music that I am. Their songs have an indefinable sense that is intrinsic in me, I cannot really explain it (and if I try I will confuse you even more…).
And the truth is that I discovered recently an Oasis song that is new to me, even though it is already quite old.
Don't know why only now I discovered it (maybe I have already listened to it before but not with the deserved attention).
But well, at least I discovered it... something of yesterday that I am today, will be tomorrow (and would have already been if I had listened to it before).

Oasis - songbird



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Enquanto crescemos e mudamos com o tempo, ou pelo menos nos adaptamos a mudanças, há músicas que somos, que vão surgindo quando fazem sentido surgir, que acompanham o presente que é nosso, o ser que somos.
E ás vezes, ao ouvir velhas playlists, dou-me conta de muitas faixas que sei não ser mais, mas que as serei sempre só pelo simples facto de já as ter sido um dia (que confusão!).

O tempo passa, os segundos flúem a minutos, transformam-se em horas, que completam dias, se prolongam a meses, meses que se unem em anos. E tudo oscila nesta passagem… os gostos e ambições, as viagens e aventuras, os amigos e projectos, os sorrisos e as lágrimas, as frequências de rádio e os links no YouTube, as próprias notas músicais e o sentido das canções que nos cantam ao ouvido.

Contudo, existem músicas e grupos que eu acho que seria sempre, que resistem fosse qual fosse a rotina e o passado, presente ou futuro; fosse qual fosse a cultura e o sítio, as pessoas e as histórias, as modas e os ritmos... fosse qual fosse o andamento do ponteiro no relógio. Nada disso teria um peso maior do que o eu de mim própria.
Tratam-se de sons que tocam no nosso eu mais profundo, gostos musicais fisiológicos, estabelecidos a priori, algo que nasce connosco e lá fica sempre mergulhado na nossa mutante forma de ser…

Os Oasis são um exemplo… eles foram, são e serão sempre músicas que eu sou. Têm um sentido qualquer que é intrínseco em mim, não sei bem explicar (e se tentar confundo-vos mais).
E a verdade é que recentemente descobri uma música que, ainda que antiga, é nova para mim. Nunca a tinha descoberto não sei bem porquê (talvez já a tenha ouvido antes mas não com a merecida atenção)
Mas pronto, descobria-a ao menos… uma música de ontem que eu sou hoje, serei amanhã (e já teria sido se a tivesse ouvido antes).

(acho que este o maior post onde csgui dizer nada de jeito… enfim)

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