Tuesday, 7 April 2009

é bom sentir não ter tempo para as coisas...

Ajuda a fazer mais coisas, a tentar outras, muitas previstas, outras não planeadas, diferentes.
Cura das queixas da rotina, do não ter o tempo que sempre existiu.
Problematizar o improblematizável torna-se num não problema; e muitas inseguranças também se desproblematizam, medos de coisas que se têm normalmente, só para problematizar.
Desfruta-se mais de momentos que não se desfrutam com tempo e descobrem-se pormenores de pormenores, particularidades de partículas de nós.
Vivem-se cores que eram a preto e branco, pretos e brancos que eram ás cores. Desperta-se de despertares diferentes, fazem-se cansaços novos até, gostos por desejos incomuns.
Dorme-se um tranquilo menos descanso.
Não se anda a correr, mas anda-se sem parar.

É uma realidade intensa, nem melhor, nem pior, nem menos boa, nem menos má.
É apenas, é, é diferente só!

Fica-se mais aéreo (ou ainda mais... pelo menos eu!), mas até é bom assim, ter um período assim, de sol e nuvens, de luas cheias e novas, que crescem e decrescem, de intermédios entre uma certeza contingente e algo dubitativamente rigoroso.

E desta falta de um tempo que sempre existe surgem algos de nós que passam a segundo plano, é verdade, mas que não se perdem. Algos que voltarão certamente, na altura certa (ou incerta, não sei). Mas não se perdem por serem nossos à partida, por sermos nós.

O algo de hoje foi um ir há descoberta de sons e vozes novos para ouvir, como antes, há bem pouco tempo, assim em modo aleatório, nuns sites dos Favoritos.
Foi um algo que voltou talvez no minuto antes de concluir cansaço e desejo de dormir. Deixei o sono para segundo plano, mas que certamente virá para primeiro, daqui a pouco.

Fleet Foxes - Mykonos


ps - Acho que inventei palavras neste post... e talvez também uma confusão de palavras que não se percebe...
Se calhar é o sono a subir de plano.

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